os comboios param, aterram depois de um dia cansados de almas a pisa-los, não sei se gostam...
eu gosto
gosto de me distrair, de limpar o pensamento de coisas físicas ou materiais, das coisas que realmente acontecem. nos sonhos que ecoam nesses pensamentos vejo relevos e sinto cores, cores fluídas e transparentes, exactamente aquilo que seria a realidade se não fosse de facto vivo.
e chegamos lá... ao passado que tinha uma vontade eminente de se pronunciar!
não faz mal, também gosto quando um velho amigo se distrai e me reconhece ao passar por um lugar que ocupou no passado, não sei se isto já aconteceu, nunca saberei, adoro isso. há coisas que prefiro não saber para sempre.
um grade intervalo se impôs neste texto, parece que também gosto de comer, ao ponto de interromper a minha actividade deficiente só para satisfazer desejos naturais.
parece que é mais o meu cérebro que gosta, gostava de falar com ele, de lhe perguntar o que acha de mim, o que acha destes textos, o que acha de pensar nele como sendo quase outra pessoa, ou será que penso em mim? esta desmaterialização do eu trás-me a sítios confusos e de passagem demasiado rápida para a conseguir perceber, muito menos ver.
Sem comentários:
Enviar um comentário