sexta-feira, 11 de novembro de 2011

é me impossível

este lindo fim... gosto de falar do fim. e apenas por uma simples razão que já o Jim Morrison dizia, é a única coisa certa na vida. a única com quem posso falar e não ficar sem resposta.

porque necessitamos de respostas? porque é que algumas vezes as coisas não podem ser puro acaso, uma chuva de verão, aquela nódoa cuja origem é desconhecida, a frase que se segue

meu deus, não venhas, não te quero ver, nem mesmo para saber que existes ou não, nem mesmo para ter respostas, para nada!

Continuo a vê-lo, a raiva acumula-se, a luta interior já passou muito além da ameaça. Mas porquê? porque é que não consigo esquecer, porque que é que me estou sempre a levar para isto? Afundo-me num caminho feito por mim, mesmo voluntário não o consigo perceber, nem pelo tacto, nem pela palavra, e muito menos pelo olhar. esta era daquelas questões que até têm alguma graça de deixar em aberto, mas porra custam imenso.

o que ficou escrito
já não doí
o que imagino
é que me destrói.

subiram três sois, desceram dezenas


é me impossível falar...
vão ficando coisas
não as olho mais
até tenho vergonha
constantemente
falo
de nada
ou de tudo
mesmo assim
ninguém me trás
para simplesmente
chegar a casa
silêncio
escuro
noite

o que ficou por dizer... foi tudo.
o

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