Estou sentado atrás deles, bem atrás deles. A distância é a suficiente para evitar um toque esticado e ao mesmo tempo permite sentir a respiração inacabada, não a partir de som ou partículas mas por pura sensação. Eles exaltam-se, acalmam-se e continuam para sempre. Estamos nessa sala à demasiado tempo, já não o conto à anos ou décadas. Ela lá está, onde sempre deveria ter estado. E eles também, fisicamente e espiritualmente.
Observo-os como se do universo se tratasse. Tudo o que podia ter feito, e tudo o que fiz se resume àquilo que vejo por entre cada vez mais fechadas persianas minhas.
Cai ao chão o meu cigarro apagado. O não apagado por mim.
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