depois de te ler apercebo-me de que não sou nada, nada como palavras aqui postas para me ver e me sentir bem ou simplesmente aliviado pela mesma forma que não te peço para me ouvires pintar o teu rosto desenhado na areia viva e limpa como te desejava conhecer.
E por breves instantes, me senti genial, te li e realmente achei que não mereces estar aqui.
Ainda por cima um tema comum, a razão da não escrita que pratico comigo, à maquina de escrever martelo as teclas em formas estranhas para te dar a conhecer aquilo que quero, eu.
Nem eu sei bem mas só acho que devia ver esse teu rosto, devia tentar desvendar a tua presença na imensidão de caras e marés e folhas e desgaste e horas sem dormir e horas sem estar acordado e todas as cordas que se podem tocar e todas as belas melodias com tinta espalhar ou com betão firmar,
não dizem nada... como sempre.
apenas li, levantei-me exaltado levando as mãos à cabeça e pensando, O que é isto??!! o que ando eu a fazer?! o que ando eu a escrever com palavras ou não, o que ando eu a pensar?! e quem sou não me parece que seja alguém, pelo menos não digno de tais frases, tais frases, tais frases... não tenho medo da noite, da fria e pegajosa altura que te envolve, porque sei que depois da utópica manhã, da saudosa tarde, virá outra linda noite... que me chamará e linda assim me acolherá nesses braços, onde escreveste o teu involuntário destino.
sou o Afonso Patinhas, de Sintra, gosto da verdade que minta. contai com isto de mim, para cantar... e para o resto.
até logo
o
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